Moradores em Capim Macio estão com medo que lagoas transbordem
DN Online - 27/08/2011
Os moradores do bairro de Capim Macio devem voltar a se mobilizar para tentar dar um fim à situação das cinco lagoas de captação do bairro. Sempre que chove acima da média, os moradores não conseguem dormir com receio de que as lagoas transbordem. Por falta de um sistema de drenagem, a água que se acumula nas duas lagoas não tem para onde escoar. A prefeitura do Natal fará um mini-emissário submarino que promete resolver definitivamente o problema, mas não há previsão de quando essa obra será concluída.
A última reunião envolvendo os moradores, a prefeitura, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) e a promotoria de Meio Ambiente do Ministério Público Estadual (MPE) ocorreu em março, depois de uma audiência pública que discutiu o assunto, realizada em novembro do ano passado. "Nos próximos dias vamos nos reunir e tentar mobilizar a comunidade do bairro. Retomaremos as cobranças porque não é possível que esse descaso perdure por tanto tempo", disse a arteterapeuta Telma Romão, moradora do bairro.
Em novembro desse ano, serão completados três anos de quando os moradores impediram a derrubada de árvores de uma área que fica por trás do Hipermercado Extra, onde há uma das lagoas que seriam interligadas com a implantação do emissário. "Primeiro conseguimos diminuir o tamanho da lagoa, que iria tomar um quarteirão inteiro e foi reduzida em 40%. Acabamos confiando demais na prefeitura e demos com os burros n'água. A prefeitura era o réu do caso. A gente procurou o MP para intervir no município porque eles estavam derrubando uma área com árvores nativas", informou Joanisa Prates, radialista e moradora do bairro há 15 anos.
Tentando solucionar os problemas das lagoas, os próprios moradores procuraram uma advogada para desenhar uma proposta sustentável, com a reutilização de materiais e que tivesse a ver com a proposta de preservar a área verde. "Primeiro a prefeita Micarla de Sousa disse que gostou do projeto, depois caiu fora", protestou Joanisa.
Sem prazo
De acordo comDâmocles Trinta, secretário municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi), as obras só serão retomadas depois da entrega do projeto de um emissário submarino que vai drenar águas no bairro de Capim Macio, mas esse projeto ainda está sob estudo. "Essas lagoas tem grande capacidade de absorção. O problema é que, em determinados momentos do ano elas precisam estar com emissário pronto, senão transbordam", explicou.
O emissário que vai atender às obras de drenagem de Capim Macio, é fruto de um convênio entre a Prefeitura do Natal e o Governo Federal, e o contrato prevê recursos federais. "A água das lagoas escoaria para o mar. Esse projeto era pra ter sido entregue pela empresa Queiroz Galvão, responsável pelo projeto executivo, mas deve ter ocorrido dificuldades. Na semana que vem vamos fazer uma reunião com eles para definir os últimos detalhes", informou Dâmocles. Nessa reunião, será conhecido o valor final da obra. "Em seguida o orçamento irá para a área econômica da prefeitura".
Ainda de acordo com otitular da Semopi, algumas ruas do bairro de Capim Macio estão precisando ser interligadas ao sistema de drenagem das lagoas. "Estamos avaliando o que será feito sem trazer prejuízos para as lagoas. Nestes casos, se houver intervenções que interfiram no funcionamento das lagoas, é melhor não fazer as ligações".
DN Online - 27/08/2011
Os moradores do bairro de Capim Macio devem voltar a se mobilizar para tentar dar um fim à situação das cinco lagoas de captação do bairro. Sempre que chove acima da média, os moradores não conseguem dormir com receio de que as lagoas transbordem. Por falta de um sistema de drenagem, a água que se acumula nas duas lagoas não tem para onde escoar. A prefeitura do Natal fará um mini-emissário submarino que promete resolver definitivamente o problema, mas não há previsão de quando essa obra será concluída.
A última reunião envolvendo os moradores, a prefeitura, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) e a promotoria de Meio Ambiente do Ministério Público Estadual (MPE) ocorreu em março, depois de uma audiência pública que discutiu o assunto, realizada em novembro do ano passado. "Nos próximos dias vamos nos reunir e tentar mobilizar a comunidade do bairro. Retomaremos as cobranças porque não é possível que esse descaso perdure por tanto tempo", disse a arteterapeuta Telma Romão, moradora do bairro.
Em novembro desse ano, serão completados três anos de quando os moradores impediram a derrubada de árvores de uma área que fica por trás do Hipermercado Extra, onde há uma das lagoas que seriam interligadas com a implantação do emissário. "Primeiro conseguimos diminuir o tamanho da lagoa, que iria tomar um quarteirão inteiro e foi reduzida em 40%. Acabamos confiando demais na prefeitura e demos com os burros n'água. A prefeitura era o réu do caso. A gente procurou o MP para intervir no município porque eles estavam derrubando uma área com árvores nativas", informou Joanisa Prates, radialista e moradora do bairro há 15 anos.
Tentando solucionar os problemas das lagoas, os próprios moradores procuraram uma advogada para desenhar uma proposta sustentável, com a reutilização de materiais e que tivesse a ver com a proposta de preservar a área verde. "Primeiro a prefeita Micarla de Sousa disse que gostou do projeto, depois caiu fora", protestou Joanisa.
Sem prazo
De acordo comDâmocles Trinta, secretário municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi), as obras só serão retomadas depois da entrega do projeto de um emissário submarino que vai drenar águas no bairro de Capim Macio, mas esse projeto ainda está sob estudo. "Essas lagoas tem grande capacidade de absorção. O problema é que, em determinados momentos do ano elas precisam estar com emissário pronto, senão transbordam", explicou.
O emissário que vai atender às obras de drenagem de Capim Macio, é fruto de um convênio entre a Prefeitura do Natal e o Governo Federal, e o contrato prevê recursos federais. "A água das lagoas escoaria para o mar. Esse projeto era pra ter sido entregue pela empresa Queiroz Galvão, responsável pelo projeto executivo, mas deve ter ocorrido dificuldades. Na semana que vem vamos fazer uma reunião com eles para definir os últimos detalhes", informou Dâmocles. Nessa reunião, será conhecido o valor final da obra. "Em seguida o orçamento irá para a área econômica da prefeitura".
Ainda de acordo com otitular da Semopi, algumas ruas do bairro de Capim Macio estão precisando ser interligadas ao sistema de drenagem das lagoas. "Estamos avaliando o que será feito sem trazer prejuízos para as lagoas. Nestes casos, se houver intervenções que interfiram no funcionamento das lagoas, é melhor não fazer as ligações".