O Parque de Capim Macio, mais uma vez, foi palco de um grande mutirão voluntário de limpeza! No sábado (14/04), foi realizada a ação, que teve o objetivo de limpar o lixo, vestígios de comportamento, coroamento de árvores com serrapiheira, delimitada por entulhos ali deixados. Prática esta não replicada na manutenção das praças e áreas abertas da cidade e é de grande importância para o desenvolvimento das plantas. Além de demarcação de trilhas, embelezamento com mosaicos de azulejos e pedras em determinados setores.
A limpeza foi necessária devido ao grau de abandono do lugar, não oficialmente abraçado pela prefeitura, portanto, acaba sendo depósito de lixo, reduto para prostituição e uso de drogas. Uma relação de causa e consequência notória: falta de políticas públicas gerando degradação social. Entretanto, o parque apresenta potencial recreativo e socioecológico, na amenização do clima, da umidade, atração de biodiversidade, infiltração de água no solo, abastecimento dos corpos hídricos subterrâneos, etc..
O mutirão foi realizado também com o objetivo de organizar o espaço para o III Brechó do Parque de Capim Macio. Acontecimento que reuniu pessoas de vários lugares da cidade, promovendo novos encontros, gente se conhecendo, escutar boa música, trocar e vender produtos usados, provar boa comida, desfrutar dança circular embaixo das árvores e muito mais.
Recentemente, Zé na América morou na cidade de Seattle – EUA e trabalhou com Restauração Florestal Urbana e Voluntariado na Ong EarthCorps, organização que mobiliza em torno de 12.000 pessoas por ano em atividades. No sábado (14), éramos em torno de 30 pessoas e foi notória a diferença que fizemos para o local, ressaltando a força dos mutirões voluntários. Imagine se dez praças em Natal, 30 pessoas em cada uma delas, se voluntariassem pela melhoria de qualidade ambiental, logo, melhor vida para a sua comunidade, bairro e cidade… Assim, desenvolvemos a prática de agentes em rede.
Independente do poder público estar presente, a sociedade pode se organizar autonomamente para suprir suas necessidades e se apropriar dos espaços urbanos. Isso é política na micro-escala. É assim que descentralizamos as tomadas de decisão e partimos para uma comunidade proativa. Esta iniciativa serve de exemplo a ser replicado e adotado por outros grupos.
O Parque de Capim Macio deixa de ser um espaço vazio, de passagem, e se transforma num lugar onde as pessoas se sentem a vontade para habitar, fazer festas e viver o ambiente.
Enfim, de quem é o parque? Ele está aberto à criatividade e à boa vontade. Ele é de todos aqueles que quiserem cuidar e viver ele. Aproxime-se, opine, contribua, ajude… É de todos e de ninguém. O parque é do parque e nós fazemos parte dele. Nós somos o parque.
“Nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos!”
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