quinta-feira, 28 de abril de 2011

Moradores de Capim Macio temem inundações

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Entre janeiro e abril deste ano somente em 12 dias choveu acima de 15 milímetros em Natal. O maior índice pluviométrico foi registrado  no dia 24 de janeiro, quando choveu 115,6 mm, segundo dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), mas isso foi o  suficiente para preocupar os moradores da rua João Francisco de Queiroz, em Capim Macio, que viram suas casas inundadas em 9 de junho de 2008, quando ocorreu a maior chuva dos últimos dois anos na cidade, com um índice de 210,4 mm.

O engenheiro agrônomo José Solon Alves diz que “qualquer chuvinha” é suficiente para encher a lagoa de captação de águas pluviais situada em frente à sua casa, de 236 da rua João Florêncio de Queiroz.

Ele teme que se o inverno aumentar de maio em diante, as residências voltem a ser inundadas, já que a prefeitura ainda não tocou o  projeto de bombeamento prometido há pelo menos três anos aos moradores da área, que jogaria a água acumulada nas duas lagoas de captação para “Lagoinha”, já na divisa de Natal com Nova Parnamirim.

O agrônomo conta que a proposta inicial da prefeitura era de jogar as águas excedentes das lagoas de captação para o mar, mas em uma audiência feita com os moradores decidiu-se pela outra alternativa, defendida inclusive pelo atual chefe do Gabinete Civil da prefeitura, o engenheiro Kalazans Bezerra.

Erros

Já o engenheiro Reinaldo Rios disse que “tudo que começa errado, termina errado”, lembrando que o loteamento da área onde existe as lagoas de captação foi feito erroneamente, porque não seguiu o curso de desaguamento das águas pluviais.

Por isso, ao invés das lagoas de captação serem construídas paralelamente à avenida Roberto Freire, elas foram feitas no sentido perpendicular.

Outro erro apontado por Rios é o fato de que a lagoa que fica na parte mais baixa da rua, joga as águas pluviais para a outra, que fica mais acima, quando deveria ser justamente o contrário, para que uma lagoa fosse esvaziada por gravidade.

“A gente aqui tem de ficar vigiando em noite de chuva, porque se as águas passarem para a rua, temos de tirar o carro da garagem para que não fique preso”, disse ele, para lembrar que na inundação de 8 de julho de 2008 perdeu todos os móveis de sua residência, além de parte do muro que caiu: “Um prejuízo financeiro que nunca recebi de volta”.

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