Texto e foto: Ana Paula Oliveira
Moradores precisaram ser retirados de casa e muitos encontram-se ilhados. O bairro de Capim Macio, na zona Sul da cidade, é um dos que mais sofrem com a falta de estrutura.
Sempre quando chove um pouco além do normal, a velha constatação: Natal não tem infra-estrutura urbana para suportar grandes volumes de água.
O bairro de Capim Macio, na zona Sul da cidade, é um dos que mais sofrem com a falta de estrutura. Na rua José Mauro de Vasconcelos, os moradores do condomínio Olimpo amanheceram ilhados esta manhã.
“Meu filho é promotor de eventos e mora neste prédio. Mas, hoje ele não conseguirá sair de casa para trabalhar, por causa dessa lagoa na frente do condomínio”, disse Marco Barreto, que mora em Ponta Negra, mas estava na manhã desta terça-feira (2) visitando o filho.
Em Ponta Negra, as ruas João Florêncio de Queiroz e Gerson Dumaresq estão completamente inundadas com as últimas chuvas.
Segundo informações dos moradores de ruas adjacentes que não foram atingidas, os residentes nas ruas inundadas foram retirados pela Defesa Civil e Corpo de Bombeiros durante a noite de ontem.
Na João Florêncio de Queiroz, a moradora Ângela Maria Elias conta que saiu de casa com os filhos, nesta terça-feira (2), por volta das 15h.
“Sai porque não ia ficar esperando o pior acontecer. A água atingiu quase um metro de altura”, diz. Ela acrescenta que é a quarta inundação somente este ano em sua casa.
“Vivo perdendo móveis. A água entra na minha casa e destrói tudo. Nem sei bem o que eu tenho em casa. Mas, acho que devo ter fogão, geladeira e máquina de lavar”.
“Toda a chuva que cai nós ficamos apreensivos. Faz 20 anos que moro aqui. Mas, este ano o inverno está mais rigoroso. Só vi essa situação em 1998, quando transbordou tudo”, conta advogada Patrícia Menezes, que reside em uma rua não prejudicada.
Também em Ponta Negra, os comerciantes de uma galeria, na rua Praia de Genipabu, próxima ao Praia Shopping, contabilizam os prejuízos causados pelas chuvas.
Em um salão de beleza, a chuva que caiu durante todo o dia desta terça trouxe destruição e desespero. A responsável pelo estabelecimento conta que a água invadiu as dependências do salão.
“Começou a entrar água por volta das 19h30. Ficamos ilhados. Só saímos às 23h porque levantamos as calças compridas, tiramos as sandálias e encaramos a água”, relata.
Ela acrescenta que o maior medo de todos era em relação à fiação exposta. “Temíamos por um choque ou curto-circuito”.
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